sexta-feira, 27 de março de 2009

Gatos psicodélicos










Para uma amiga que se casou em fevereiro e adora felinos... Ah! Mas não podia se nada clarinho, apagado nem tímido, porque tudo isso definitivamente não combina com ela. Aí veio a ideia de aplicar gatos de cores ousadas (laranja cenoura, verde berrante, roxo) e ir combinando os tons com tecidos pretos e marrons, alguns amarelos fortes ou azuis com personalidade. Os quadrados brancos são de fustão, piquê, tecido favo miúdo e graúdo, distribuídos sem muita preocupação para dar diversidade também na textura. Os quadrados entre os gatos foram feitos com a técnica "empilha e corta", misturando cores que pareciam harmonizar com a gataiada. A moldura branca ao redor do retângulo central foi essencial para arejar um pouco tanta vibração! Mas os retalhos do trabalho viraram a borda, feita de retângulos coloridos para combinar com o retângulo central. Ficou linda! Felicidades, Tânia!!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Benvindo olhar masculino

Em 2001 eu e umas amigas inventamos o grupo "Teia de Aranha" pra satisfazer a nossa coceira de bordar coletivamente.Começamos e não paramos mais.Foram nascendo outros filhotes,outros grupos de bordado: "Laços e Traços","Mãos de Ariadne" e o grupo caçula "Ponto a Ponto".Eu não consigo deixar de participar de nenhum porque...ahn porque sim,porque é muito gostoso e me faz sentir mais gente. São mais de 30 mulheres que se reunem pelo prazer de brincar com linhas e agulhas,cada grupo construindo uma trajetória peculiar,compartilhando o prazer de ver brotando imagens feitas com bordado.Nesse tempo percorrido muitos maridos,namorados ,filhos e amigos vem acompanhando os nossos encontros,as nossas produções.Até agora nenhum deles ousou botar as mãos no bordado apesar de lançarmos acenos,todo nosso charme. Mas,que surpresa,que alegria,que maravilha, sem nenhuma encomenda nem aviso prévio,vem o Silvio e escreve um texto tão lindo,falando de nós e de nossas mãos. Pra quem não sabe,o Silvio é o marido da Rose que alem de bordar faz lindos trabalhos em patchwork ,se juntou com a Cleide pra curtir o prazer de costurar e dar acabamento a maioria dos nossos bordados. Obrigada Silvio,adorei a sensibilidade e a delicadeza do olhar masculino.Rioco

Bordar é antídoto para os males contemporâneos

Ninguém sabe ao certo quando um de nossos antepassados usou a agulha de osso e a linha de tripa para produzir, pela primeira vez na história, um artesanato têxtil de finalidade exclusivamente estética: o bordado. Não existe prova arqueológica que determine quem, quando, onde e como foi criada a arte de bordar. Mas é lícito fazer duas suposições. A primeira: essa artesã ancestral era uma mulher. A segunda: ela provavelmente não trabalhou sozinha por muito tempo.
Fácil de ensinar e de aprender, a tarefa faz mais sentido quando compartilhada. Bordar a sós é bom, mas bordar em grupo é infinitamente melhor. Dezenas de milhares de anos depois, é a (re)descoberta cotidiana do poder agregador do bordado que move o Mãos de Ariadne. Em atividade há cinco anos, esse coletivo de bordadeiras de São Paulo reúne dez mulheres de idades, formações e profissões diferentes. Nenhuma delas vive de bordar. Sua motivação é outra: elas bordam a vida.
Todas as peças criadas pelo Mãos de Ariadne celebram fatos marcantes da existência de cada integrante da equipe: o casamento de uma, o nascimento do bebê de outra, o sexagésimo aniversário da bordadeira-fundadora, tudo se transforma em histórias contadas com pano, linha e o afeto de vinte mãos – como a cortina de pássaros que dá boas vindas ao filho recém-chegado de uma das “Ariadnes”, projeto atualmente em andamento. Amadoras no melhor sentido da palavra, as artesãs não obedecem a uma hierarquia interna nem se prendem a cronogramas ou estilos de bordado. Liberdade de criação e de escolha oxigenam essa micro-organização em rede. Suave e solidariamente, tudo funciona.
O grupo acredita no bordado como antídoto para males contemporâneos que envenenam as relações interpessoais. Contra a produção massificada e descartável, a criação perene e personalizada. Numa era de individualismo exacerbado, o elogio ao empenho coletivo. Diante de um ritmo de vida alucinante, a paciência para respeitar o tempo de que cada projeto precisa para ficar perfeito. Numa sociedade impiedosa na cobrança de resultados, a sabedoria de saborear os processos – maior do que o prazer das bordadeiras em concluir uma peça é o enriquecimento mútuo das mulheres interagindo em volta da mesa de trabalho. Ali se faz mais do que ornamentar tecidos: ali as “Ariadnes” arrematam o aprendizado da convivência.

Texto de Silvio Fudissaku

domingo, 15 de março de 2009

Verde e rosa





Tons de rosa mais ousado misturados com diversas intensidades de verde: o resultado foi esta colcha para menina. Os quadros (20 x 20) foram feitos com sobras de piquê branco, com aplicações feitas à mão (técnica do caseado). Os quadros que intercalam são resultado da ótima técnica "empilhe e corte", que permite aproveitar pedaços de tecido. Dos retalhos da confecção da colcha (inclusive as sobras de piquê) nasceu a almofada em crazy, entremeada com pedaços pequenos de renda de algodão.

sexta-feira, 13 de março de 2009

3ª Brazil Patchwork Show

De 14 a 17 de abril, o Centro de Eventos São Luiz - SP recebe o maior evento de patchwork do país. Amantes do patchwork, a arte de unir retalhos, têm um compromisso entre os dias 14 e 17 de abril. Nesse período, no Centro de Eventos São Luiz, em São Paulo, acontece 3ª Brazil Patchwork Show, feira que vai reunir 66 expositores. Entre eles estão a Associação Brasileira de Patchwork e Quilting (ABPQ), editoras que publicam revistas especializadas, indústrias, artesãos, quilteiras, distribuidores, lojistas e ateliês como Arte Costura, de Porto Alegre (RS), Art & Borda, de Curitiba (PR), a 1001 Retalhos, de Atibaia (SP) e a True Friends, de Joinville (SC). Segundo Rita Mazzoti, diretora da WR Feiras e Eventos, organizadora da 3ª Brazil Patchwork Show, o mercado de patchwork movimenta hoje cerca de dois bilhões de dólares nos Estados Unidos. “A técnica está se espalhando pelo mundo inteiro, e vem conquistando o Japão, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Espanha e Dinamarca. No Brasil não é diferente”, diz Rita. “Ano passado, por exemplo, a segunda edição da Brazil Patchwork Show recebeu 10 mil visitantes e superou nossa expectativa de público”, explica a organizadora. Durante o evento será eleito o vencedor do 2º Concurso de Quilt da Brazil Patchwork Show. O concurso, que tem como tema Flora Brasileira, é gratuito e aberto à participação de qualquer pessoa que esteja apta a confeccionar quilt. O vencedor ganha uma viagem para Houston, no Texas (EUA), a capital do Patchwork.

3ª Brazil Patchwork Show

Data: de 14 a 17 de abril de 2009
Local: Centro de Eventos São Luiz - São Paulo / SP
Endereço: Rua Luis Coelho, 323
Horário: das 13h às 20h
Ingresso: R$ 8,00
Mais informações: https://4103cffc-0aab-42b9-937d-a18e35a8c1b9/?REDIRECT=x-owacid://BEC50000/jmp:https://webmail.grupofolha.intranet/OWA/redir.aspx?C=6942d14d03fc4daa9a0dbff9765c3e31&smime=8.1.240.3&URL=http:%2F%2Fwww.brazilpatchworkshow.com.br%2F